– A reversão cirúrgica da vasectomia, chamada vasovasoanastomose;
– A fertilização in vitro (FIV-ICSI) com espermatozoides retirados do epidídimo.
Para decidir qual a melhor alternativa para o casal, devem ser levados em consideração alguns aspectos. O primeiro deles é a capacidade reprodutiva da mulher: idade, permeabilidade das trompas, presença ou não de endometriose, etc. Se da parte feminina não existir nenhum fator impeditivo para uma gestação espontânea, avaliam-se outras questões que, resumidamente, estão enumerados na tabela abaixo:
Vantagens e desvantagens de cada método | |
Vasovasoanastomose | ICSI |
Mais barato | Mais caro |
Melhor para casais jovens (gravidez pode demorar de 8 a 9 meses) | Melhor nos casos em que a mulher tem idade superior a 35 anos |
Menos invasivo para a mulher | Menos invasivo para o homem |
Não invalida a ICSI | Pode invalidar a reversão (nos casos de punção de epidídimo) |
Necessita treinamento em microcirurgia | Somente é feito em grandes centros e clínicas especializadas |
Devolve autonomia reprodutiva ao casal (se a cirurgia for bem sucedida) | Sempre haverá necessidade de repetição caso não ocorra gestação no ciclo de tentativa ou se deseje nova gestação |
Mesmo que a cirurgia seja bem sucedida há o risco de ocorrer infertilidade de causa imunológica | Maior risco de gravidez múltipla |
Portanto, nas reversões realizadas até três anos após a vasectomia, a chance de se obter espermatozóides no ejaculado é de 97% e, de gravidez, 76%. Entre três e oito anos de vasectomia, as chances de gravidez caem para 53%. Entre nove e 14 anos, para 44% e, em vasectomias de mais de 15 anos, a chance é de apenas 31%.
Se a mulher tiver alguma causa de infertilidade, se sua idade for superior a 35 anos, se o homem não desejar se submeter à cirurgia de reversão ou se o tempo de vasectomia for superior a oito anos, então a alternativa ideal é a ICSI com espermatozóides retirados do epidídimo, por meio de uma finíssima agulha que passa através da pele, utilizando apenas anestesia local.
O recomendado é que o casal que se encontra nessa situação discuta o caso tanto com o ginecologista especialista em reprodução assistida, quanto com o andrologista. A decisão sobre o melhor tratamento deve ser um consenso entre fatores femininos e masculinos.