Obesidade e Infertilidade
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Obesidade e Infertilidade

A relação da Obesidade e Infertilidade são muito próximas, por isso o dia 11/10 é marcado como o dia de combate a obesidade, e de acordo com dados divulgados em julho deste ano pelo Ministério da Saúde, nos últimos 10 anos houve um aumento de 67,8% nos índices de obesidade, que atualmente é o maior dos últimos 13 anos. O número assusta principalmente porque, nos últimos três anos, o país mantinha números estáveis da condição, em 18,9%. Dados divulgados pela pesquisa Vigitel 2018, os mais atingidos pela obesidade são os adultos nas seguintes faixas etárias: entre 25 a 34 anos (84,2% de obesos) e entre 35 e 44 anos (81,1%). Quando falamos em termos de sexo, as mulheres foram as maiores vítimas: 20,7% delas apresentam obesidade em comparação a 18,7% dos homens.

Relação Entre Obesidade e Infertilidade

O tecido adiposo interfere na fertilidade principalmente através de alterações hormonais, o que pode ocasionar a infertilidade. As células do tecido adiposo provocam alterações no padrão dos hormônios sexuais pois possuem enzimas que transformam a testosterona em estrógeno.

Obesidade em mulheres: Antigamente acreditava-se que a obesidade apenas afetava a fertilidade de uma mulher se a mesma apresentasse ciclos menstruais irregulares. Porém hoje em dia já é sabido que as mulheres com ciclos regulares também podem ser afetadas.
Nas mulheres, as enzimas e grande produção de testosterona, conseguem alterar a liberação de LH e FS, que afetam a liberação de óvulos.

Obesidade nos homens: Nos homens o excesso de estrógeno age sobre o hipotálamo e a hipófise, impedindo a liberação de alguns hormônios que controlam a produção de espermatozoides.

O diabetes tipo II e a resistência insulínica, que são muitos comuns e pessoas obesas, podem também agir sobre os hormônios, através de substâncias inflamatórias, o que acaba por interferir na fertilidade.

Além disso, um recente estudo procurou compreender melhor a associação entre a obesidade e infertilidade. Nele foi constatado que o tecido adiposo produz substâncias chamadas adipocinas, que influenciam na comunicação entre as células do nosso corpo. Com essa comunicação dificultada, o corpo não consegue exercer tão bem suas funções naturais. Tais alterações podem inclusive ser sobre as regiões do cérebro responsáveis pelo controle do ciclo ovulatório. (Jungheim, S.E. et al. (2012) “Obesity and Reproductive Function”, Obstetrics and Gynecology Clinics of North America, 39(4): 479–493.)

Como evitar problemas?

A adoção de hábitos saudáveis no dia a dia é essencial para o bom funcionamento do sistema reprodutivo. Através de acompanhamento médico, casais com excesso de peso podem adquirir um estilo de vida mais saudável, e assim, restaurar o eixo hormonal, e consequentemente regularizar a fertilidade.

O aconselhamento por médico especialista antes da gravidez também é muito importante para orientar a paciente obesa em relação a maneiras de como promover a sua capacidade reprodutiva, inclusive para aquelas que irão se submeter a tratamentos para infertilidade.

Ainda tem dúvidas? Deixe seu comentário e vamos tentar ajuda-lo!

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