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Gravidez após os 35 anos: quais os riscos?

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Toda a gestação traz algum tipo de risco, mesmo que mínimo, tanto para a mãe, quanto para o feto. No entanto, somente um pequeno número delas é chamado de alto risco.

Diversos fatores podem desencadear uma gestação de alto risco. Alguns deles são: idade materna avançada (acima de 35 anos e, principalmente, acima de 40 anos), hipertensão arterial, diabetes, doenças cardíacas, renais, pulmonares, reumatológicas e autoimunes. Além disso, o uso de drogas lícitas ou ilícitas, entre elas o fumo, também traz maior risco para a mãe e o feto.

Porém, existem muitos mitos em relação à idade materna. A primeira coisa que toda mulher precisa ter em mente é que, mesmo depois dos 35 ou 40 anos, quando a gestante é saudável e não possui qualquer doença de base, a gestação costuma evoluir de forma bem mais satisfatória do que em mulheres jovens portadoras de algum desses fatores de risco.

Foi isso o que a matéria do Portal Zero Hora discutiu de forma bastante esclarecedora. Vale a pena ler.

Realmente as chances de engravidar naturalmente começam a diminuir com o avanço da idade e, a partir dos 35 anos, os riscos de defeitos genéticos no DNA do bebê aumentam. Por isso, assim que a mulher nessa faixa etária decide engravidar,o mais indicado é procurar um especialista para a realização de exames.

Mas, o mais importante é salientar que toda gestante, independente da idade, deve iniciar seu pré-natal o mais rápido possível, permitindo assim a avaliação e o diagnóstico precoce de fatores de risco até então desconhecidos e também permitindo o seu controle, garantindo uma gestação mais segura e sem atropelos.

Dr. Paulo Gallo
Diretor-médico do Vida Centro de Fertilidade da Rede D’Or

Gravidez tardia apresenta riscos, mas boa saúde e cuidados garantem gestação tranquila
Cada vez mais mulheres optam por engravidar após os 35 anos

Atualmente adiar a maternidade é uma decisão muito comum. Cada vez mais mulheres optam por engravidar após os 35 anos, seja por vaidade, estabilidade no relacionamento, motivos profissionais ou financeiros.

No entanto, é preciso saber que, quanto mais tarde acontecer a gestação, maiores são os riscos. Mesmo com os avanços na tecnologia médica, o ideal é que o projeto não ultrapasse os 40 anos, garantindo boa saúde à mãe e ao bebê conforme alerta a ginecologista Emanuelli Alvarenga da Silva.

Segundo a médica, a gestação avançada pode estar relacionada ao aparecimento de diversas complicações como doença crônica, hipertensão arterial, diabetes, abortamento, má formação fetal, doença cardíaca, renal, neurológica e pulmonar. Sangramento vaginal, parto prematuro e anormalidades também podem ocorrer.

— A partir dos 40 anos as chances de se gerar um bebê com síndrome de down é de 70% a 80% — explica.

É importante lembrar que cerca de 90% dos óvulos de uma mulher com mais de 40 anos apresentam defeito genético e que as probabilidades de engravidar naturalmente começam a diminuir a partir dos 27 anos e diminuem ainda mais com o avanço da idade.

O número de partos em mulheres com mais de 35 anos representam atualmente cerca de 48% e, é justamente a partir dessa idade, que os riscos começam a aparecer já que os ovários e óvulos vão perdendo a “qualidade”.

Portanto, assim que a mulher se decidir pela gestação tardia, o ideal é procurar um médico para a realização de exames, avaliações e detecção de doenças que podem comprometer a gravidez. Diversos exames como ultrassonografia morfológica de primeiro e segundo trimestres permitem a visualização do feto com definição, detectando e descartando possíveis anomalias. Desta forma, se houver algo anormal é possível realizar uma investigação mais detalhada.

Nas mulheres acima de 40 anos o desejo de engravidar pode ser ainda mais difícil caso esteja perto da menopausa. Por isso, a consulta ao médico torna-se extremamente importante para verificar todas as possibilidades, além de uma reprodução assistida.

— Mesmo que a decisão de engravidar seja por meio de reprodução assistida, os cuidados e recomendações são os mesmos, pois também há chances de gestação múltipla, que pode envolver outros riscos — esclarece Emanuelli.

Mas, se a futura mãe tiver a seu favor boa saúde, peso adequado, boa alimentação, vida saudável e cuidados pré-natais, as perspectivas de uma gestação sem riscos são as mesmas de uma gestante mais jovem.

Confira a matéria no Portal Zero Hora.

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