Serviços de Reprodução Humana
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Entenda Porque Cresceu a Procura Pelos Serviços de Reprodução Humana Durante a Pandemia

Entenda porque os serviços de reprodução humana cresceram no período da pandemia. Tinham se passado poucas semanas desde que os primeiros casos de pneumonia por uma nova cepa de corona vírus tinham sido notificados na cidade de Wuhan na China. Os primeiros casos se transformaram em um surto e então em uma pandemia.

De repente estávamos todos trancados em casa. As saídas eram apenas as essenciais. Até mesmo os tratamentos de saúde não emergenciais deixaram de ser realizados. Aquele sonho da gravidez adiado. As clínicas de reprodução humana assistida, no Brasil e no mundo, interromperam suas atividades.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária(ANVISA), já no início de abril, orientou o adiamento de qualquer tratamento de reprodução humana até que a situação estivesse controlada. Os tratamentos tempo-sensíveis foram retomados em junho. Não foi diferente no restante do mundo.

Adicionalmente, as incertezas sociais e econômicas geradas pela pandemia levaram globalmente a uma menor taxa de natalidade. O Brooking Institute estima que 300 mil bebês deixaram de nascer nos Estados Unidos por conta da pandemia.

O melhor controle da pandemia, seja pelo uso das máscaras, pela vacinação ou pelo melhor cuidado com os casos mais graves, sinalizavam um novo normal, menos restritivo. Aqueles serviços não essenciais, não realizados no período mais crítico, voltaram para a agenda. Não foi diferente com a reprodução humana.

Um trabalho publicado no JAMA analisou dados de mais de 200 milhões de pacientes americanos, entre os quais mais de 8 milhões de mulheres. É nítida a queda abrupta da utilização dos serviços relacionados a infertilidade feminina e de reprodução humana assistida no início de 2020. A figura abaixo, parte integrante do artigo publicado no JAMA, mostra também claramente o crescimento pela procura desses mesmos serviços já no final de 2020.

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Interessante também o crescimento da procura pela preservação da fertilidade, ou congelamento de óvulos. Segundo a Revista Veja (Fonte: Veja-SP, Caderno Saúde de 14/02/2021) houve em 2021 um aumento de 40% na procura por esse serviço. Talvez a incerteza tenha levado tantas mulheres a adiar a decisão de engravidar. Elas não desistiram. Se agora não é o momento ideal, quem sabe mais adiante. Preservar óvulos mais jovens aumentam a chance de uma gravidez futura. É o novo normal.

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