A telemedicina significa o atendimento médico à distância. Está autorizado pelo governo federal e podemos utilizar essa ferramenta para fazermos processos que podem ser feitos à distância, como conversar com o paciente, saber do seu histórico e a partir daí solicitar exames e traçar uma conduta. Com isso ganhamos tempo e no momento que o distanciamento social não for mais necessário, já teremos adiantado todo o processo para ajudar a gravidez acontecer. Só precisamos de um computador e uma boa conexão de internet. Conseguimos ter uma boa interação médico-paciente, preservando o lado humano dessa relação. A consulta através do vídeo nos mostra as expressões faciais, e dessa forma facilita o acolhimento e o entendimento das angústias e dúvidas daquele casal que está passando pela dificuldade em obter a gravidez.
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Novembro Azul: Câncer de próstata
Campanha Novembro Azul – Câncer de Próstata
O chamado Novembro Azul se trata de uma campanha de conscientização realizada por diversas entidades no mês de novembro dirigida à sociedade e, em especial, aos homens, para conscientização a respeito de doenças masculinas, com ênfase na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de próstata.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil, o câncer de próstata está entre os tipos de maior incidência, e é a segunda maior causa de morte entre os homens.
Os números alarmantes se devem, em grande parte, à negligência e ao preconceito entre o próprio grupo masculino em relação à medicina preventiva, principalmente o exame de toque.
O câncer de próstata
A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, cuja função é produzir um líquido prostático que protege os espermatozoides.
O câncer se inicia a partir de uma disfunção na próstata, por meio da mutação das células presentes nessa glândula. Essa disfunção e mutação resulta em uma produção sem controle, causando o câncer.
Sintomas
Os sintomas do câncer de próstata em seu estado inicial não são facilmente perceptíveis, por isso muitos pacientes já estão em estado avançado quando diagnosticados.
- Infertilidade;
- Disfunções sexuais;
- Dor ao urinar;
- Presença de sangue na urina;
- Sensação de bexiga cheia mesmo após urinar.
Preservação da Fertilidade
Atualmente, os tratamentos para o câncer trazem um aumento considerável da expectativa e da qualidade de vida. Com isso, na grande maioria dos casos, esses pacientes podem retomar suas vidas e voltar a sonhar e fazer planos futuros. No entanto, os mesmos tratamentos, que incluem a quimioterapia e a radioterapia, ainda têm um efeito deletério sobre o aparelho reprodutor tanto do homem quanto da mulher, podendo causar infertilidade transitória ou permanente. Por esse motivo, existe uma preocupação cada vez maior em se orientar a preservação da fertilidade antes de se iniciar um tratamento contra o câncer. O congelamento é feito, preferencialmente, antes do paciente se submeter ao tratamento. Existem particularidades para cada caso, mas, de forma simplificada, podemos dividir os procedimentos assim:
Como prevenir o câncer de próstata?
Tratar o câncer de próstata em seu estado inicial aumenta em até 90% as chances de cura, por isso é importante fazer todos os exames e estar em dia com as visitas ao médico.
Além disso, ter uma alimentação saudável e balanceada, praticar exercícios físicos, não fumar e nem ingerir álcool são maneiras eficientes de se prevenir o câncer de próstata.
Homens a partir de 50 anos devem fazer o exame de toque retal e o exame de PSA regularmente, e claro, um bom acompanhamento médico.
Se junte a essa causa pela saúde dos homens e pelo combate ao câncer de próstata. Em caso de dúvidas, entre em contato conosco por aqui!
Outubro Rosa: Câncer de Mama e Preservação da Fertilidade
Outubro Rosa
O câncer de mama é a doença maligna mais comum no mundo. Cada vez mais mulheres jovens vêm sendo afetadas pela doença, porém, felizmente, a taxa de sobrevida é em torno de 80% em cinco anos. Por isso é tão importante o papel do médico avaliando a repercussão que isso pode ter nos âmbitos da fertilidade, auto estima e sexualidade.
O Outubro Rosa é um movimento internacional que procura ampliar a difusão das práticas de prevenção e tratamento do câncer de mama estimulando a participação da população, empresas e entidades. O movimento começou nos Estados Unidos, onde vários estados tinham ações isoladas referentes ao câncer de mama e mamografia e, sobretudo nos últimos 20 anos, passou a ter uma amplitude mundial. Nós aqui no Vida – Centro de Fertilidade também acreditamos na enorme importância do engajamento nesse movimento e apoiamos o Outubro Rosa, visando conscientizar ainda mais a população feminina para esses cuidados.
Entenda mais sobre o câncer de mama
O câncer é um desenvolvimento anormal das células, que crescem substituindo o tecido saudável e podem invadir outros órgãos ou regiões. Ainda não há uma forma de se evitar a doença, mas, sim, de detectá-la em seus estágios iniciais. Quanto mais cedo é descoberta, maiores são suas chances de cura.
Apesar de não se saber ao certo o que causa o câncer de mama, sabe-se que alguns fatores de risco são determinantes para seu aparecimento. A existência de casos na família é um dos mais importantes. Mulheres que têm mãe ou irmãs que já apresentaram a doença antes de 50 anos são consideradas parte do grupo de risco e devem manter um acompanhamento constante. O fator genético está relacionado apenas entre 5% e 10 % dos tumores, os outros 90% são tumores ditos esporádicos.

Mamografia – sua maior aliada
A mamografia – exame investigativo das mamas e das porções das axilas mais próximas à área – é a principal forma de detecção precoce do câncer de mama, sendo a única capaz de diagnosticar lesões pequenas, mesmo quando essas ainda não são palpáveis.
Algumas mulheres, porém, não o fazem com medo da dor que a compressão pode causar. É importante lembrar que sua principal função é tornar a mama mais uniforme, para reduzir a dose de radiação durante o exame. A compressão deve ser aplicada gradualmente e tem curta duração. Quando as mamas são comprimidas de forma adequada, os médicos obtêm uma imagem radiográfica de maior qualidade, o que ajuda e muito no diagnóstico. Por isso, o ideal é realizar a mamografia logo após a menstruação, quando a região está menos sensível, para reduzir o desconforto.
Mas lembre-se: prestar atenção ao próprio corpo é sempre importante. Ao notar sintomas como nódulos, regiões endurecidas, secreção da mama fora do período de aleitamento e feridas no bico do seio sem causa aparente, a mulher deve procurar seu médico imediatamente. Não necessariamente o caso será de câncer, mas há diversas outras doenças das mamas que devem ser tratadas com cuidado.
Congelamentos de óvulos – opção para preservar a fertilidade
Atualmente, os tratamentos para o câncer trazem um aumento considerável da expectativa e da qualidade de vida. Com isso, na grande maioria dos casos, esses pacientes podem retomar suas vidas e voltar a sonhar e fazer planos futuros. No entanto, os mesmos tratamentos, que incluem a quimioterapia e a radioterapia, ainda têm um efeito deletério sobre o aparelho reprodutor tanto do homem quanto da mulher, podendo causar infertilidade transitória ou permanente. Por esse motivo, existe uma preocupação cada vez maior em se orientar a preservação da fertilidade antes de se iniciar um tratamento contra o câncer. O congelamento é feito, preferencialmente, antes do paciente se submeter ao tratamento.
As etapas do processo de congelamento lembram o início de um tratamento de fertilização:
- a paciente recebe injeções com hormônios por um período de aproximadamente 14 dias para estimular a produção de óvulos;
- e seções de ultrassonografia acompanham as alterações ovarianas para determinar o momento exato da aspiração.
- A partir da coleta dos óvulos, procedimento realizado em ambiente cirúrgico, as células são examinadas e, em vez de serem fecundadas e implantadas no útero, são vitrificadas minutos depois, a uma temperatura de -196ºC e transferidas para um contêiner com nitrogênio líquido. Trata-se do ritual de congelamento de óvulos, que tem chamado a atenção de especialistas pelo aumento intenso da procura nos últimos meses.
Saiba mais sobre a técnica de congelamento de óvulos
Menopausa e Gravidez
Menopausa
A chamada menopausa tem início após o encerramento dos ciclos menstruais e ovulatórios da mulher, marcando o fim do período reprodutivo feminino. O processo geralmente começa a ocorrer entre os 45 e 50 anos, podendo haver exceções.
Algumas mulheres podem apresentar menopausa precoce, que é causada pelo envelhecimento dos ovários antes do tempo considerado normal. O processo é considerado prematuro quando ocorre em mulheres com menos de 40 anos.
Mesmo que a menopausa seja um processo comum no corpo feminino, as mulheres ainda têm muitas dúvidas. Muitas mulheres não entendem o que pode mudar em seus corpos nesse período e nem as diferenças entre a menopausa e o climatério.
Sintomas da Menopausa
No início da menopausa se inicia a diminuição na produção dos hormônios responsáveis pelos ciclos menstruais e pela fertilidade da mulher, e a intensidade que os sintomas aparecem varia de acordo com cada organismo.
- Menstruação irregular
- Ausência de menstruação por 12 meses seguidos
- Ondas de calor que começam de repente e sem causa aparente
- Suores noturnos intensos que podem interromper o sono
- Cansaço frequente
- Alterações de humor como irritabilidade, ansiedade ou tristeza
- Dificuldade para dormir ou menor qualidade de sono
- Secura vaginal
- Queda de cabelos
- Diminuição da libido
É possível engravidar na menopausa?
Podemos classificar como menopausa quando a mulher passa 12 meses sem menstruar, geralmente o processo começa a ocorrer quando elas atingem entre os 48 e 51 anos de idade, marcando o fim do seu período reprodutivo. Quando a mulher entra na menopausa, não é possível mais engravidar naturalmente, porém, durante o chamado climatério, ainda é possível que a gestação ocorra de forma natural.
Quero engravidar, mas estou na menopausa, e agora?
Todas as mulheres nascem com uma reserva ovariana contendo em torno de 500.000 e 1.000.000 óvulos. A reserva vai diminuindo e perdendo a qualidade com o passar dos anos. Na maioria dos casos, a diminuição e o envelhecimento da reserva ovariana começa afetar a capacidade de gestação natural a partir dos 35 anos.
Para as mulheres que desejam engravidar e já estão na menopausa, ou já possuem uma reserva ovariana muita baixa, existe a opção de fazer um tratamento de fertilização in vitro com óvulos doados.
Com o crescente número de pacientes que necessitam de doação de óvulos, o Vida – Centro de Fertilidade vem buscando alternativas para atender da melhor forma a essa demanda. Cada vez mais as mulheres estão deixando para engravidar mais tarde, muitas vezes já com sua reserva de óvulos comprometida não só em número, mas também em sua qualidade. Para tanto, a fertilização com óvulos doados é uma opção com excelentes chances de gravidez.
Para saber mais, entre em contato conosco através do e-mail atendimento@vidafertil.com.br.
Infertilidade Masculina
Infertilidade Masculina
Nem todos sabem, porém, o mito de que homens podem ser pais em qualquer momento de suas vidas, mesmo com idades mais avançadas, ao contrário das mulheres, caiu por terra no ano passado. Uma pesquisa apresentada no ESHRE 2017 (Congresso Europeu de Reprodução Humana e Embriologia comprovou que a idade do parceiro tem uma influência significativa no sucesso de tratamentos de fertilização in vitro (FIV). A descoberta se soma a estudos anteriores que já tinham mostrado que as chances de uma concepção natural também caiam com a idade do pai.
Incidência de Infertilidade Masculina
De um modo geral, em cerca de 30% dos casais o problema está relacionado a uma causa exclusivamente masculina. Em outros 30%, a causa é exclusivamente de um fator feminino. Porém, em cerca de 30% dos casais, a pesquisa de infertilidade encontra uma associação entre fatores masculinos e femininos. Em 10% dos casos, não conseguimos detectar a causa e são classificados com infertilidade sem causa aparente (ISCA).
Avaliação Seminal
O espermograma é um exame que analisa a saúde da próstata e dos espermatozoides através de uma amostra de sêmen coletada via da masturbação. O exame geralmente é solicitado por urologistas, por médicos especialistas em reprodução humana ou por endocrinologistas.
Possíveis alterações no exame:
- Volume de sêmen;
- pH;
- Viscosidade;
- Tempo de liquefação (capacidade de se tornar líquido);
- Concentração, mobilidade, morfologia (tamanho e formato) e resistência dos espermatozoides;
- Infeções;
- Presença de auto-anticorpos.
Causas
No homem, a principal causa de infertilidade é a alteração na concentração e/ou na qualidade dos espermatozoides.
As alterações do espermograma podem ser devidas a:
- Causas genéticas (principal causa);
- Causas secundárias (infeções genitais, álcool, tabaco, drogas, tóxicos ambientais, tóxicos profissionais, tóxicos alimentares, sobreaquecimento, medicamentos, sedentarismo).
A idade do homem piora a fertilidade masculina, porém de forma bem mais tênue do que a idade feminina: a fertilidade masculina costuma reduzir levemente após 35 anos, moderadamente após os 50 anos e de forma mais importante após os 65 anos.
Possíveis problemas encontrados no exame
- Problemas na próstata: Ao analisar a viscosidade e a acidez das amostras pode-se identificar problemas com a próstata do paciente.
- Azoospermia: Ao analisar a viscosidade e a acidez das amostras pode-se identificar problemas com a próstata do paciente.
- Oligospermia: Trata-se de uma quantidade de espermatozoides inferior ao normal.
- Atenospermia: Acontece quando os valores de motilidade e vitalidade são menores do que o normal.
- Teratospermia: Trata-se da má formação dos espermatozoides.
De acordo com a causa da infertilidade masculina, o médico indicará o tratamento adequado e o procedimento ideal para a reprodução. Devemos sempre lembrar que a infertilidade é conjugal. Quando vamos investigar as causas, não estamos procurando um culpado, mas uma solução.
Alimentação e Fertilidade
Alimentação e Fertilidade : No dia 31 de de agosto comemora-se o dia da Nutricionista! Em homenagem a isto, a nutricionista Tatiana Rom explicou um pouquinho sobre a influência da alimentação na fertilidade tanto feminina quanto masculina, e também sobre uma gestação saudável.
O que muitos casais não sabem é que uma boa alimentação, além de melhorar a qualidade de vida, influencia no desenvolvimento do feto. Portanto, para quem pensa em engravidar ou para quem já está com um bebê a caminho é melhor ficar atento.
Você sabe quais são os principais fatores e alimentos influenciadores? Confira!
- Intestino como aliado
Um bom funcionamento do intestino garante a boa absorção dos nutrientes, fator essencial para estar saudável. Você pode fazer isso consumido iogurte, frutas, vegetais e alimentos integrais. A aveia é uma excelente fonte de fibra e faz uma saborosa combinação com as frutas. Já as frituras, alimentos com excesso de conservantes e corantes, refrigerantes e café, podem piorar o funcionamento do intestino e devem ser evitados. Assim como o cigarro e o álcool.
- Ácido Fólico
O ácido fólico é um item indispensável. Promotor da renovação celular, o nutriente faz parte da família da vitamina B e é importante desde a fecundação até o fim da gestação, pois ajuda na formação do sistema nervoso do feto. A soja, o fígado orgânico, vegetais verde-escuros como espinafre, agrião e couve, levedo de cerveja e feijão preto são alimentos ricos em ácido fólico. A quantidade ideal para consumo deve ser de até 1000 mcg /dia.
- Vitamina E
Para os futuros papais a vitamina E é um grande aliado, pois melhora a mobilidade dos espermatozoides. Para as futuras gestantes, além de melhorar a parede do útero, a vitamina garante uma placenta mais forte. Azeite, gérmen de trigo, nozes, agrião e couve são boas fontes dessa vitamina.
- Ômega 3
O ômega 3 ajuda o espermatozoide a entrar no óvulo, além de auxiliar no desenvolvimento cognitivo do bebê. Incorpore ao seu cardápio semente e óleo de linhaça, além de sardinha, atum e salmão.
- Zinco
Zinco, esse com certeza é considerado o mineral mais importante quando se fala em concepção. Encontrado nos espermatozoides em grandes quantidades, o zinco é fundamental para um óvulo saudável, principalmente quando associado com a vitamina B6. Mas o casal deve ficar atento, o consumo de álcool em excesso e antiácidos pode diminuir a quantidade de zinco no organismo e dificultar sua absorção. Alimentos fontes: carnes, ostras, gérmen de trigo e fígado de galinha.
- Vitamina C
A vitamina C, por ser um potente antioxidante, previne e protege o organismo de substâncias tóxicas, favorecendo a qualidade dos óvulos. Estudos mostram que ela ajuda também na mobilidade e concentração dos espermatozoides. Consumir um copo de suco de laranja assim que for preparado ou três frutas por dia, asseguram boas quantidades desse nutriente.
- Selênio
Selênio, assim como a vitamina C, funciona como importante oxidante e é encontrado em grandes quantidades no sêmen. Consumir duas castanhas-do-Brasil por dia é o recomendado.
- Beta Caroteno
O beta caroteno é encontrado em todas as frutas e legumes de cor alaranjada, como abóbora, laranja, cenoura e mamão, e pode ser encontrado também no óleo de fígado de bacalhau. O nutriente é importante para a produção de espermatozoides.
Dicas!
- Mulheres anêmicas tem menor chance de engravidar, assim como aquelas que estão com peso muito abaixo do indicado, pois a carência de ferro diminui a ovulação. Nesse caso, coma muitos vegetais verdes escuros, carnes magras, ovos, e folhas de beterraba.
- Beba muita água durante o dia, no mínimo 2 litros. Ela é essencial para que reações químicas aconteçam no seu organismo de forma adequada. Controle seu peso, pois tanto o excesso quanto o baixo peso interferem negativamente na ovulação. Evitar o consumo de carboidratos simples como farinhas brancas e doces podem ajudar na concepção.
Como pode se ver cada alimento tem sua característica e função. Não existe formula mágica ou um superalimento que atue de forma isolada, daí a necessidade de hábitos saudáveis e uma alimentação rica e variada, que vai fornecer ao organismo diferentes nutrientes de fundamental importância para garantir seu bom funcionamento.
Temos alguns outros nutrientes envolvidos, agende uma consulta com um especialista para identificar as reais necessidades!
Por Tatiana Rom
Nutricionista do Vida – Centro de Fertilidade
40 anos desde o primeiro bebê de Fertilização in Vitro
Hoje, dia 25 de julho, o mundo comemora o nascimento do primeiro bebê gerado pela técnica de fertilização in vitro (FIV). Louise Brown nasceu na Inglaterra, e hoje comemora 40 anos de idade! A partir deste marco ocorreram diversos avanços no âmbito da reprodução humana assistida ao longo dos próximos anos.
No Brasil, primeiro país da América Latina a utilizar a técnica, teve o primeiro nascimento de uma criança proveniente da FIV em 1984, a criança é considerada a 700ª gerada por meio desse método.
Mas afinal, o que é a FIV?
A fertilização in vitro (FIV) consiste em promover o encontro do óvulo com os espermatozoides fora do organismo feminino, em laboratório. Em condições normais, isso ocorre em uma das trompas. O papel da FIV é mudar esse local, quando o encontro não ocorre da maneira adequada.
Quais são os tipos de fertilização:
FIV convencional
Os espermatozoides são colocados junto aos óvulos em um ambiente que simula as trompas e a fertilização acontece espontaneamente.
ICSI
Do inglês Intra Cytoplasmic Sperm Injection, a ICSI consiste na injeção de um espermatozóides dentro do óvulo, quando sabe-se que não é possível ou é mínima a chance do espermatozóide fertilizá-lo por conta própria.
Indicações para o tratamento
Apesar de ter sido inicialmente idealizada para tratar problemas tubários, a FIV se estendeu para uma série de outros fatores de infertilidade:
- Obstrução tubária – Quando as trompas estão obstruídas, deve-se encontrar um local para o encontro do óvulo com os espermatozóides. Para isso, é necessário que os óvulos sejam retirados dos ovários antes da ovulação – e assim não se percam dentro do organismo da mulher – e colocados junto aos espermatozóides em um ambiente fora do organismo, mas que simula as condições das trompas.
- Todos os fatores com indicação de inseminação intrauterina, mas que não se resolveram pela técnica.
- Quando algum fator inaparente está interferindo na fertilização é possível se recorrer à FIV.
- Fator masculino severo – Em alguns casos, o número, a motilidade e/ou a quantidade de espermatozoides com forma normal está muito reduzida e não é possível obter o número adequado de espermatozoides (ver mair em capacitação espermática) para que ocorra a fertilização dentro do organismo da mulher (in vivo). Quando esta quantidade é tão pequena que os espermatozoides não conseguem fertilizar os óvulos in vitro, espontaneamente, é necessária a ICSI.
- Endometriose severa – Os distúrbios na fisiologia e anatomia do aparelho reprodutor feminino podem ser tão importantes que tornem impossível o encontro do óvulo com o espermatozoide, dentro do organismo, para a formação de um embrião saudável.
E como ocorre o tratamento?
O tratamento por FIV / ICSI consiste em estimular os ovários a produzirem mais óvulos no ciclo ovulatório de tratamento. Este ciclo é totalmente controlado pelo médico, que orienta a paciente sobre cada medicação a ser utilizada. O preparo dos ovários para a retirada dos óvulos dura aproximadamente 13 dias e é monitorado por ultrassom quatro ou cinco vezes nesse período.
O ultrassom informa ao médico o tamanho dos folículos (estruturas dentro dos ovários, onde crescem os óvulos) e a qualidade do endométrio (parte interna do útero em que o futuro embrião irá se implantar e se desenvolver, durante a gestação). O tamanho dos folículos está relacionado à maturidade dos óvulos, que têm um momento certo para serem fertilizados pelos espermatozoides. Desta forma, o ultrassom orienta o médico sobre o momento correto da retirada dos óvulos.
Para maiores informações agende uma consulta conosco por aqui!
Junho: Mês Mundial de Conscientização da Infertilidade
Junho: Mês Mundial de Conscientização da Infertilidade
Junho é reconhecido como o mês Mundial da Conscientização da Infertilidade e tem o objetivo de alertar para essa causa. Segundo dados do IBGE, as mulheres brasileiras estão tendo filhos cada vez mais tarde. As justificavas variam entre adiar a maternidade para investir na formação acadêmica ou profissional e pela difícil tarefa de encontrar o parceiro que elas consideram ideal.
Além da infertilidade de causa social, mencionada acima, muitas mulheres/homens apresentam alguma condição ou doença que desencadeie a dificuldade em engravidar. Para as mulheres, doenças como a Endometriose, Síndrome dos Ovários Policísticos, obstrução tubária e miomas podem dificultar a gestação de forma natural. Já nos homens, a dificuldade pode ser proveniente de condições como Varicocele, Azoospermia e algumas infecções.
O que é Fertilidade?
Para que ocorra a fecundação, são necessários um óvulo maduro de boa qualidade e espermatozoides com quantidade, mobilidade e formas normais, de modo que, pelo menos um, consiga penetrar no óvulo. A fertilização pode ocorrer de 24 a 48 horas após a ovulação, conhecido como intervalo de período fértil.
Após a fertilização, o embrião é direcionado para o útero, que previamente foi preparado pelos hormônios, para que ocorra a implantação no endométrio (camada interna do útero que forma o “ninho” para o futuro bebê).
Todos esses processos são importantíssimos para que a gravidez aconteça de forma espontânea. Cada etapa deve ser analisada separadamente, em casos de dificuldades na obtenção da gestação.
Infertilidade
A infertilidade é caracterizada pela ausência de gravidez em um casal com vida sexual ativa e que não usa medidas anticonceptivas por um período de um ou mais anos.
A infertilidade atinge aproximadamente 15% da população, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), isto é, um em cada cinco casais tem problemas para engravidar, precisando de ajuda especializada.
Uma mulher jovem tem, em média, 25% de chances de engravidar em um mês. Apenas se a parceira está acima dos 30 anos e após um ano de vida sexual ativa permanece sem engravidar ou tem mais de 40 anos e seis meses de tentativas sem sucesso, é hora de procurar ajuda médica.
Preservação da Fertilidade
Preservar a fertilidade significa guardar os gametas (óvulos e espermatozoides) congelados para uso futuro. O tratamento para o câncer que salva vidas, pode destruir completamente as chances de se ter um filho. Além disso, toda mulher deve ter consciência de seu relógio biológico ovariano.
Uma avaliação com um especialista é importante no planejamento da vida familiar futura. Além disso, cada vez mais os oncologistas têm tido a consciência de orientar os pacientes sem prole definida a procurar ajuda no intuito de preservar sua fertilidade antes do tratamento para o câncer.
Para saber mais entre em contato conosco por aqui!
Doação Compartilhada de Óvulos
Doação Compartilhada de Óvulos
A doação compartilhada de óvulos tem por objetivo beneficiar dois casais distintos. Aquele cuja mulher não tem óvulos viáveis para engravidar e o outro, cuja mulher pode doar, e tem, com essa doação, uma redução importante nos custos do tratamento. Tal redução é possível porque neste processo as duas fertilizações in vitro são realizadas ao mesmo tempo.
O processo de doação é reconhecido e regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina (atualmente pela Resolução CFM nº 2.168/2017) e, no Brasil, deve se tratar de um ato voluntário e sem fins lucrativos, de forma que seja preservado o anonimato das pacientes.
Ao mesmo tempo em que o custo da doadora é diminuído, a receptora economiza o valor dos remédios de indução à ovulação, que também pesam bastante no orçamento.
Algumas perguntas frequentes:
1- Como funciona o processo?
Uma mulher, necessariamente com menos de 35 anos, que precise ou não de um tratamento de Fertilização in vitro para engravidar, concorda em ceder parte ou a totalidade de seus óvulos, para uma mulher receptora, para que estes sejam fecundados, em laboratório, e transferidos para o útero desta. Se o processo se tratar de uma doação compartilhada, metade dos gametas é destinado à doadora e metade à receptora. Para coletar estes gametas, a doadora passa por um processo de indução de ovulação, onde são usados medicamentos, administrados a partir do início do ciclo menstrual. Depois de cerca de 10 dias, podemos verificar a quantidade de gametas que evoluiu até o estágio ideal, e então fazer a transferência para o útero.
A seleção de doadoras pode ser demorada por ainda não existir no Brasil bancos de doação. Na maioria das vezes, as doações são realizadas com óvulos frescos, conjugando o tratamento da receptora e doadora.
2- Quem pode doar?
A escolha dos doadores é responsabilidade da clínica, que deverá garantir à receptora, semelhança fenotípica e imunológica entre ela e a doadora. A mulher que doa, por sua vez, deve possuir as seguintes características:
- ter menos de 35 anos;
- ser fenotipicamente semelhante à receptora;
- ter histórico negativo de doenças genéticas familiares; e
- ter testes laboratoriais negativos para AIDS, Sífilis e Hepatite B.
Para serem aceitas no programa de doação de óvulos as mulheres submetem-se a uma avaliação clínica.
3- Quem recebe?
- Mulheres com falência ovariana;
- Casos com múltiplas falhas de tratamento de fecundação;
- Aborto de repetição;
- Pacientes que não atendem ao estímulo do medicamento para estimulação ovariana;
- Casais homoafetivos formados por homens; e
- Mulheres que não podem utilizar os seus próprios óvulos, ou pela má qualidade dos mesmos ou por doenças hereditárias que não podem ser detectadas através das técnicas de DGP (Diagnóstico Genético Pré-implantação.
4- Chances de sucesso?
O Vida – Centro de Fertilidade disponibiliza um programa de doação compartilhada de óvulos. Caso tenha interesse de participar ou mesmo de saber mais sobre esse programa, marque uma consulta, sem ônus com um de nossos médicos assistentes, pelo telefone (21) 2493-0758, ou entre em contato por AQUI!
Preservação da Fertilidade para Pacientes com Câncer
Já ouviu falar em preservação da fertilidade para pacientes com câncer? Aproveitando o gancho do Dia Mundial do Combate ao Câncer, celebrado no último domingo dia 08 de Abril, vamos falar um pouco sobre como devemos pensar a vida desses pacientes após o tratamento e a cura da doença, que felizmente tem sido cada vez mais frequente em nosso meio. Que atitudes podemos tomar para que, após o susto, esses pacientes possam retomar suas vidas, mantendo seus planos, projetos e sonhos?
Ao receber o diagnóstico de câncer, muitas pessoas acham que o plano de ser mãe ou pai terá de ser esquecido. A preocupação faz sentido. Alguns quimioterápicos podem causar infertilidade e a radioterapia, dependendo de onde for aplicada, pode também afetar a função ovariana. Nas mulheres, a infertilidade pós tratamento pode ocorrer pela remoção dos órgãos reprodutivos ou por ação de drogas citotóxicas e radioterapia sobre a função ovariana, levando a falência ovariana, menopausa precoce ou outros problemas relacionados à reprodução. Para os homens, os tratamentos podem levar a danos semelhantes nos testículos, interferindo na produção de espermatozoides e secreção de testosterona. O grau e a persistência desse dano dependem da dose, do local primário de irradiação e da idade do paciente.
Atualmente, os tratamentos para o câncer trazem um aumento considerável da expectativa e da qualidade de vida. Com isso, na grande maioria dos casos, esses pacientes podem retomar suas vidas e voltar a sonhar e fazer planos futuros. No entanto, os mesmos tratamentos, que incluem a quimioterapia e a radioterapia, ainda têm um efeito deletério sobre o aparelho reprodutor tanto do homem quanto da mulher, podendo causar infertilidade transitória ou permanente. Por esse motivo, existe uma preocupação cada vez maior em se orientar a preservação da fertilidade antes de se iniciar um tratamento contra o câncer.
A forma que temos de ajudar os pacientes que passarão por algum tipo de tratamento contra o câncer é através do congelamento de células ou de tecidos. O procedimento deve ser realizado, preferencialmente, antes do paciente dar início ao tratamento. Existem particularidades para cada caso, mas, de forma simplificada, podemos dividir os procedimentos assim:
Homens adultos
- Congelamento do sêmen em vários lotes para ser usado no futuro em inseminação intrauterina ou fertilização in vitro. Após a recuperação do tratamento para o câncer, é feito o exame para avaliar se houve realmente um comprometimento da produção ou da qualidade dos espermatozoides e considerar se haverá necessidade de manter o sêmen estocado.
Mulheres adultas
- Congelamento de óvulos, que são retirados após estimulação dos ovários com medicamentos.
- Congelamento de embriões, caso a mulher já esteja casada. Os embriões podem ser descongelados e transferidos para o útero da mulher após o tratamento do câncer, quando o casal estiver preparado.
- Congelamento de tecido ovariano (ainda considerada uma técnica experimental, porém em alguns casos é a única alternativa)
Crianças do sexo masculino
- Ainda não existem alternativas para esse grupo de pacientes. No entanto, se a fertilidade desses meninos fica comprometida ao se tornarem adultos, é possível, na grande maioria dos casos, obter-se uma quantidade mínima de espermatozoides do próprio sêmen ou dos testículos para a realização de fertilização in vitro com ICSI.
Crianças do sexo feminino
- Congelamento de tecido ovariano (ainda considerada uma técnica experimental, porém em meninas antes da puberdade é a única alternativa)
Quer saber mais sobre o assunto? Entre em contato conosco por aqui!