Mês: outubro 2015
Relação sexual frequente impacta na fertilidade feminina
Segundo estudo, fazer sexo com frequência – mesmo fora do período fértil – provoca alterações no sistema imune que preparam o corpo da mulher para a gravidez.
Quanto mais relações sexuais uma mulher tiver, mais frequentemente seu sistema imunológico receberá a mensagem de que é hora de ter um bebê – o que aumenta as chances de gravidez. É o que sugerem dois estudos publicados recentemente nos periódico cientificos Fertility and Sterility e Physiology and Behavior.
Os estudos, liderados por Tierney Lorenz, uma pesquisadora da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, mostram que, mesmo quando uma mulher tem relações sexuais fora do período fértil, são desencadeadas mudanças em seu sistema imunológico que poderiam aumentar a probabilidade de ficar grávida.
“O sistema imunológico media tudo: desde a garantia de que o espermatozoide irá encontrar o óvulo sem ser atacado como um invasor até a implantação do óvulo na parede uterina”, explicou Tierney, ao site da revista americana Time.
Em ambos os estudos, os pesquisadores analisaram dados de 30 mulheres saudáveis e que não estavam tentando engravidar. Metade delas tinha uma vida sexualmente ativa e a outra não. A diferença entre os estudos é que, enquanto um olhou para as células T – responsáveis por direcionar o sistema imunológico ao alvo certo e por determinar o melhor tipo de resposta – , o outro focou nos anticorpos – que classificam os patógenos como invasores e podem “desarmar” alguns deles.
As descobertas mostraram que as mulheres sexualmente ativas tinham maiores níveis de células T tipo 2. Essas células ajudam o corpo a aprender que a presença do que poderia ser visto como um invasor, como o esperma, não é de fato uma ameaça. Essas alterações não foram encontradas na metade do grupo que não tinha relações sexuais frequentes. No segundo estudo, os pesquisadores descobriram que durante a fase lútea (espessamento do útero), as participantes sexualmente ativas tinham níveis mais elevados de imunoglobulina G, que lutam contra doenças sem interferir na saúde uterina.
“O ato sexual envia um sinal para o sistema imunológico feminino priorizar as respostas imunes que promovem a concepção em detrimento de outras ações”, disse Tierney à Time. Apesar de os resultados estarem baseados na frequência sexual, a autora afirma que mesmo uma única relação fora do período fértil já pode ser útil para ajudar a aumentar a fertilidade.
Veja a matéria completa no site Veja.
Intimate couple
Cientistas desenvolvem esperma humano maduro em laboratório
Transplante do tecido ovariano após diagnóstico de câncer pode preservar a fertilidade
Conheça mais sobre a técnica que pode preservar a fertilidade de mulheres que enfrentam o câncer
Saiba mais sobre como diagnosticar precocemente o câncer de mama e entenda como congelamento de óvulos e tecido ovariano pode ajudar mulheres que enfrentam essa batalha a realizar o sonho da maternidade.
Outubro Rosa é um movimento internacional que procura ampliar a difusão das práticas de prevenção e tratamento do câncer de mama estimulando a participação da população, empresas e entidades. O movimento começou nos Estados Unidos, onde vários estados tinham ações isoladas referentes ao câncer de mama e mamografia e, sobretudo nos últimos 20 anos, passou a ter uma amplitude mundial. Nós aqui no Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or também acreditamos na enorme importância do engajamento nesse movimento e apoiamos o Outubro Rosa, visando conscientizar ainda mais a população feminina para esses cuidados.
Hoje, no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama é o tipo de carcinoma que mais mata entre as mulheres. Em 2013, o número de mortes em decorrência do câncer de mama foi 14.388, sendo 181 homens e 14.207 mulheres. Para 2015, a estimativa é 57.120 novos casos.
Para as mulheres, os seios são uma região especial do corpo. Não só definem sua feminilidade, como são um elemento de ligação com os filhos, ao amamentar, e parte fundamental de sua identidade e autoestima. Talvez por isso, a prevenção do câncer de mama enfrente ainda tanta resistência. A doença assusta pela alta incidência, mas, principalmente, pelos efeitos psicológicos que causa.
Mas nem tudo são más notícias. Os especialistas são unânimes: com o avanço em diagnóstico e tratamento, é possível detectar a enfermidade cada vez mais cedo e curá-la na maior parte dos casos.
Entenda mais sobre o câncer de mama
O câncer é um desenvolvimento anormal das células, que crescem substituindo o tecido saudável e podem invadir outros órgãos ou regiões. Ainda não há uma forma de se evitar a doença, mas, sim, de detectá-la em seus estágios iniciais. Quanto mais cedo é descoberta, maiores são suas chances de cura.
Apesar de não se saber ao certo o que causa o câncer de mama, sabe-se que alguns fatores de risco são determinantes para seu aparecimento. A existência de casos na família é um dos mais importantes. Mulheres que têm mãe ou irmãs que já apresentaram a doença antes de 50 anos são consideradas parte do grupo de risco e devem manter um acompanhamento constante. O fator genético está relacionado apenas entre 5% e 10 % dos tumores, os outros 90% são tumores ditos esporádicos. Outros grupos de mulheres também precisam ficar atentos. As que tiveram a menarca muito cedo, por volta de 12 anos, as que tiveram a primeira gestação depois dos 30 anos e as que entraram na menopausa tardiamente, após 50 anos. Sabemos que quanto mais ciclos ovulatórios a mulher tem durante sua vida, ela terá um aumento da incidência do tumor.
Mamografia – sua maior aliada
A mamografia – exame investigativo das mamas e das porções das axilas mais próximas à área – é a principal forma de detecção precoce do câncer de mama, sendo a única capaz de diagnosticar lesões pequenas, mesmo quando essas ainda não são palpáveis.
Algumas mulheres, porém, não o fazem com medo da dor que a compressão pode causar. É importante lembrar que sua principal função é tornar a mama mais uniforme, para reduzir a dose de radiação durante o exame. A compressão deve ser aplicada gradualmente e tem curta duração. Quando as mamas são comprimidas de forma adequada, os médicos obtêm uma imagem radiográfica de maior qualidade, o que ajuda e muito no diagnóstico. Por isso, o ideal é realizar a mamografia logo após a menstruação, quando a região está menos sensível, para reduzir o desconforto.
Mas lembre-se: prestar atenção ao próprio corpo é sempre importante. Ao notar sintomas como nódulos, regiões endurecidas, secreção da mama fora do período de aleitamento e feridas no bico do seio sem causa aparente, a mulher deve procurar seu médico imediatamente. Não necessariamente o caso será de câncer, mas há diversas outras doenças das mamas que devem ser tratadas com cuidado.
Congelamentos de óvulos e tecido ovariano – opção para preservar a fertilidade
Com a preocupação principal de preservar a fertilidade, muitas mulheres, ao receberem o diagnóstico do câncer recorrem à técnica de congelamento de óvulos com a intenção de terem sua fertilidade preservada.
As etapas do processo de congelamento lembram o início de um tratamento de fertilização: a paciente recebe injeções com hormônios por um período de aproximadamente 14 dias para estimular a produção de óvulos; e seções de ultrassonografia acompanham as alterações ovarianas para determinar o momento exato da aspiração. A partir da coleta dos óvulos, procedimento realizado em ambiente cirúrgico, as células são examinadas e, em vez de serem fecundadas e implantadas no útero, são vitrificadas minutos depois, a uma temperatura de -196ºC e transferidas para um contêiner com nitrogênio líquido. Trata-se do ritual de congelamento de óvulos, que tem chamado a atenção de especialistas pelo aumento intenso da procura nos últimos meses.
Em um estudo recente, publicado na revista Human Reproduction, pesquisadores dinamarqueses descobriram que as mulheres cujos ovários foram removidos e congelados poderiam engravidar no futuro se os ovários fossem transplantados de volta alguns anos depois. A pesquisa mostrou que o transplante não só é bem sucedido, mas também que a reintrodução do tecido ovariano não sugere remissão do câncer.
Saiba mais sobre a técnica de congelamento de óvulos
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