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Tratamento para a infertilidade não afeta desenvolvimento infantil, revela estudo

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Muitos pais ainda ficam inseguros quanto aos riscos para o desenvolvimento infantil de crianças nascidas através de tratamento para a infertilidade. Mas, segundo pesquisa recente desenvolvida em Nova Iorque, não há o que temer. As cinco principais áreas de desenvolvimento e domínio de uma criança nascida por esses tipos de procedimento é semelhante ao desenvolvimento de qualquer outra criança nascida por meios naturais.

Pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano de Nova Iorque e seus colegas avaliaram o desenvolvimento de 5.800 bebês nascidos através de tratamento para infertilidade. Segundo eles, as crianças concebidas com a tecnologia de reprodução assistida têm desenvolvimento semelhante ao de outras crianças nascidas sem tratamento.

A preocupação com o desenvolvimento de crianças nascidas de tratamentos para infertilidade sempre ronda a cabeça dos pais, mas para os pesquisadores, o estudo vem para romper barreiras e comprovar ainda mais a eficácia dos métodos utilizados hoje.

No entanto, os pesquisadores identificaram que há possibilidade de atraso no desenvolvimento de gêmeos e múltiplos do grupo concebido através de Reprodução Humana Assistida (TRA). Para Paulo Gallo Diretor Médico da clínica Vida – Centro de Fertilidade, os avanços nas tecnologias de reprodução humana contribuíram para a melhoria dos procedimentos, evitando o risco de problemas em decorrência de nascimentos múltiplos:

“Nos primeiros anos de utilização das técnicas de reprodução assistida, como não tínhamos tanta segurança em manter os embriões viáveis em laboratório, existia uma tendência de transferir muitos embriões (3, 4 ou até 5 embriões) simultaneamente, na tentativa de melhorar as taxas de gravidez. Mas, com os avanços tecnológicos dos TRA e a melhoria da qualidade dos meios de cultura e das incubadoras, foi possível mantermos os embriões vivos e com segurança por até seis dias no laboratório. Estes avanços nos permitem avaliar melhor a qualidade embrionária, possibilitando uma seleção de embriões com mais chances de engravidar. Desta maneira, a tendência é limitar a transferência embrionária para 1 ou, no máximo, 2 embriões de cada vez, reduzindo acentuadamente os riscos de gestações múltiplas e de complicações obstétricas e perinatais”.

Dentre os procedimentos avaliados na pesquisa, incluem-se medicamentos orais ou injetáveis que estimulam a ovulação, inseminação intrauterina, tecnologia de reprodução assistida, como fertilização in vitro, transferência de embriões congelados ou óvulos e embriões doados.

Levantamento – Ao longo dos três primeiros anos de vida da criança, em intervalos selecionados, os pais responderam a um questionário abrangendo as cinco principais áreas de desenvolvimento e domínio: desenvolvimento motor, cognitivo, emocional, comunicação e funcionamento social. No geral, as crianças concebidas através de tratamentos de infertilidade apresentaram desenvolvimento semelhante às outras crianças.

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