Indução de ovulação:
O primeiro passo do tratamento consiste no uso de medicações que vão estimular os ovários a liberar mais óvulos naquele mês. As medicações devem ser aplicadas, preferencialmente, sempre no mesmo horário, e suas doses e instruções de aplicação seguidas rigorosamente. O primeiro dia do ciclo corresponde ao primeiro dia da menstruação. Faz parte desta fase do tratamento o bloqueio da hipófise (glândula responsável pela liberação dos hormônios que estimulam os ovários) para não haver interferências indesejáveis no tratamento. O bloqueio pode ser feito antes ou durante a estimulação ovariana e varia de caso para caso, dependendo de características de cada mulher.
Acompanhamento ultrassonográfico:
Assim que ocorrer a menstruação, é agendada a primeira ultrassonografia, que deve ser realizada no segundo ou terceiro dia do ciclo, para avaliação dos ovários e do endométrio. A partir de então, é decidido o início das medicações.
Durante o acompanhamento do crescimento folicular são realizados exames ultrassonográficos para avaliação da resposta ovariana à indução. As medicações podem sofrer alterações tanto nas doses como nos dias de aplicação.
É importante que a abstinência sexual do homem seja respeitada no período de dois a cinco dias para que os espermatozoides estejam na sua melhor atividade possível. Para isso, recomendamos a relação no 9º dia do ciclo.
Punção de óvulos:
Neste dia, a paciente deve estar em jejum e acompanhada pelo companheiro. Para esse procedimento, a paciente receberá uma anestesia, que consiste em uma leve sedação, realizada pelo anestesista.
Neste dia, o companheiro deve estar presente para realizar a coleta de sêmen, uma hora antes da coleta de óvulos, com, pelo menos, dois dias de abstinência sexual. Caso o homem também vá proceder à retirada cirúrgica dos espermatozoides, o jejum se estende a ele.

Dezesseis a dezoito horas após a união dos óvulos e espermatozoides (dia seguinte à coleta) é verificado o percentual de fertilização, que, na maioria das vezes, ocorre em 80% dos óvulos maduros.
A partir desse dia, é iniciada a medicação que vai ajudar no preparo do endométrio para receber o embrião. Esta, usualmente, é administrada por via vaginal e só vai ser interrompida por orientação médica.
Transferência dos embriões:
A transferência dos embriões para o útero da paciente é realizada de dois a seis dias após a coleta dos óvulos. Neste momento, a mulher deverá estar com a bexiga cheia, (diferente dos outros ultrassons realizados), o que facilita o posicionamento do útero que vai receber o cateter com os embriões. Não é necessário o jejum. Caso haja um número maior de embriões de boa qualidade, além dos que serão transferidos, estes são congelados para utilização futura.
Após a transferência, é recomendado que a paciente fique de repouso relativo em casa pelos próximos dois dias.
Teste de gravidez:
O teste de gravidez (dosagem do beta hCG) é realizado de 10 a 14 dias após a transferência dos embriões e, uma semana depois do teste de gravidez, já é possível realizar o ultrassom para a visualização do saco gestacional, para confirmar a gravidez clínica.